Consta
da Revista Abrale, Edição 23, Ano 5, matéria sobre a segunda edição do “Fórum
das Instituições de Apoio a Pacientes Portadores de Doenças Hematológicas e
Onco-Hematológicas”, realizado durante a HEMO 2012 no Rio de Janeiro.
Dela
extrai-se a fala do Dr. Guilherme Genovez, Coordenador-geral de sangue e
hemoderivados do Ministério da Saúde “O paciente deve sempre ter acesso ao
melhor tratamento existente no país e os serviços pelo SUS devem ser prestados
sempre com este padrão de qualidade.”
Decorre
que o “melhor tratamento existente no Brasil” nem sempre é o que há de melhor e mais atual para combater determinada doença.
Cito
aqui dois exemplos.
Primeiro.
Para nós, pacientes de mieloma múltiplo, o SUS não disponibiliza a medicação
que se tem no mercado nacional Bortezomide (Velcade).
Sendo
indicada pelo médico, o paciente é obrigado a socorrer-se do Poder Judiciário para
obtê-la e ter um tratamento digno e com melhor qualidade de vida.
Segundo.
Se até hoje não existe sequer estatística oficial do número de pacientes em
tratamento do mieloma múltiplo, como poderá o Poder Público, por meio do SUS
disponibilizar o melhor atendimento?
Nunca
se realizou qualquer campanha de divulgação e conscientização sobre o mieloma
múltiplo.
Existe
uma medicação Lenalidomida (Revlimid) de eficácia comprovada mundialmente,
utilizada em mais de 80 países, que foi objeto de pedido de registro junto a
ANVISA.
Após
4 anos de longa espera, em 28 de dezembro de 2012 a ANVISA divulgou em sua
página na internet nota sobre o indeferimento do pedido.
Passou
da hora de o Poder Público investir em políticas públicas, seja em campanhas de
divulgação e conscientização, seja disponibilizando a todos os pacientes acesso
fácil, rápido e desburocratizado aos melhores tratamentos e remédios para as
moléstias que os acometem.
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