1 de mar. de 2013

A SAÚDE NO BRASIL



Consta da Revista Abrale, Edição 23, Ano 5, matéria sobre a segunda edição do “Fórum das Instituições de Apoio a Pacientes Portadores de Doenças Hematológicas e Onco-Hematológicas”, realizado durante a HEMO 2012 no Rio de Janeiro.

Dela extrai-se a fala do Dr. Guilherme Genovez, Coordenador-geral de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde “O paciente deve sempre ter acesso ao melhor tratamento existente no país e os serviços pelo SUS devem ser prestados sempre com este padrão de qualidade.”

Decorre que o “melhor tratamento existente no Brasil” nem sempre é o que há de melhor e mais atual para combater determinada doença.

Cito aqui dois exemplos.

Primeiro. Para nós, pacientes de mieloma múltiplo, o SUS não disponibiliza a medicação que se tem no mercado nacional Bortezomide (Velcade).

Sendo indicada pelo médico, o paciente é obrigado a socorrer-se do Poder Judiciário para obtê-la e ter um tratamento digno e com melhor qualidade de vida.

Segundo. Se até hoje não existe sequer estatística oficial do número de pacientes em tratamento do mieloma múltiplo, como poderá o Poder Público, por meio do SUS disponibilizar o melhor atendimento?

Nunca se realizou qualquer campanha de divulgação e conscientização sobre o mieloma múltiplo.

Existe uma medicação Lenalidomida (Revlimid) de eficácia comprovada mundialmente, utilizada em mais de 80 países, que foi objeto de pedido de registro junto a ANVISA.

Após 4 anos de longa espera, em 28 de dezembro de 2012 a ANVISA divulgou em sua página na internet nota sobre o indeferimento do pedido.

Passou da hora de o Poder Público investir em políticas públicas, seja em campanhas de divulgação e conscientização, seja disponibilizando a todos os pacientes acesso fácil, rápido e desburocratizado aos melhores tratamentos e remédios para as moléstias que os acometem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário