Março é o mês dedicado à
conscientização sobre o Mieloma Múltiplo, câncer na
medula óssea que representa 1% de todos os tipos de câncer e 10% dos
hematológicos.
Ainda é bastante desconhecido
pela população e por grande parte da sociedade médica.
Para uma noção sobre a gravidade da
situação compartilho trechos do artigo “Mieloma Múltiplo: Qual o grau de
conhecimento sobre a doença em médicos que atuam no Sistema de Atenção Primária
à Saúde?” de autoria do Dr. Angelo Maiolino, publicado em 3 de dezembro de 2008
na Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.
“Cento e trinta e cinco médicos
que atuam neste rede responderam a um questionário que tinha como objetivo
avaliar o profissional perante cinco questões fundamentais: (1) a conduta
frente a um paciente com anemia, (2) a capacidade de realizar o diagnóstico
diferencial em um paciente idoso com lesões líticas, (3) a capacidade de
suspeitar de hipercalcemia diante de manifestações clínicas sugestivas, (4) a
interpretação da eletroforese de proteínas séricas e (5) a capacidade de
diagnosticar MM diante de um quadro clínico característico.
A única questão que foi adequadamente respondida pelo grupo de
médicos estudados foi a de número 1, onde a maioria (94%) soube correlacionar
o quadro de anemia normocrômica e normocítica com as doenças crônicas e
neoplásicas prevalentes nesta faixa estaria.
Para todas as outras questões, menos da metade dos médicos soube
formular uma resposta adequada, sendo que as duas últimas
(interpretação da eletroforese e quadro clínico do MM), que estão diretamente
relacionadas ao diagnóstico da condição, foram respondidas por apenas 30% e 36%
dos médicos, respectivamente.”
Dr. Angelo Maiolino, assim termina
seu artigo:
“Fica claro que, apesar de não se
tratar de uma patologia rara, existe um profundo
desconhecimento acerca do MM exatamente no grupo de profissionais de saúde
que são, na maioria das vezes, os responsáveis diretos pelo atendimento aos
pacientes quando das primeiras manifestações clínicas. A nosso ver, é imprescindível adotarmos uma
estratégia de melhor divulgação da patologia não somente com
profissionais que atuam na área básica, mas também com os especialistas (ortopedistas,
reumatologistas, nefrologistas, neurologistas) que frequentemente recebem
pacientes com manifestações clínicas que podem sugerir um diagnóstico de
mieloma múltiplo.”
Pois bem.
O que extraio deste artigo e da
fala do Dr. Maiolino é que a) passados mais de 9 (nove) anos da publicação, o
Mieloma Múltiplo continua desconhecido e b) tenho seguido sua sugestão.
Estou certo de que tenho feito
minha parte.
Acredito que a conscientização é
tudo. Sem o conhecimento da doença, infelizmente, continuaremos ouvindo relatos
de pacientes que levaram anos até chegarem ao diagnóstico.
E o resultado do diagnóstico
tardio todos nós conhecemos: muito sofrimento e menores chances de resposta ao
tratamento.
Há quase de 5 (cinco) anos, este
que lhes escreve - paciente impaciente e inquieto - tem se esforçado em
divulgar a doença, buscando espaços nas mais variadas mídias e, agora, com a
constituição da ABRAMM – Associação Brasileira de Mieloma Múltiplo o desejo é,
com a parceira e ajuda de pessoas física e jurídica, aumentar o trabalho
trilhado no tripé que nos sustenta: Divulgar, Informar e Acolher.
Posso contar com você?
Confira, ao final, uma amostra do
que alcançamos neste mês de março e começo de abril. Foram matérias em jornais e entrevistas em programas locais.
Aproveito para agradecer todos
aqueles que, direta ou indiretamente, têm colaborado para que nosso trabalho
prossiga.
Grande abraço!!
Jornal Diário
do Grande ABC de Santo André/SP.
Jornal ABC Repórter de São Caetano do Sul/SP
Jornal Folha do ABC de São Bernardo do Campo/SP
Jornal Giro ABC de São Caetano do Sul/SP
Entrevista Programa 30 minutos, do Jornal ABC Repórter, de São Caetano do Sul/SP
Entrevista Programa Revista+, TV+ABC de Santo André/SP, com a apresentadora Izabelle Stein
Parabéns Rogério pelo trabalho de divulgação! Assertou em cheio o alvo a ser atingido: a classe médica. Abraços e muita saúde para nos todos.
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