16 de ago. de 2013

AUDIÊNCIA PÚBLICA - CONGRESSO NACIONAL - REVLIMID

A audiência pública aconteceu ontem e a ANVISA não compareceu.... Esta ausência demonstra que os argumentos defendidos pelo órgão para a não autorização do REVLIMID no Brasil não se sustentam.

E o argumento desta Sra. Diretora Clarice Petramele? Faça-me o favor...


Pacientes defendem liberação no país de remédio para tratar câncer de medula

AGÊNCIA BRASIL 




Deputados federais e médicos discutiram hoje (15) a negativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em autorizar o registro de medicamento com a substância lenalidomida, que é usada no tratamento de pacientes com mieloma múltiplo, um tipo de câncer de medula óssea. O debate ocorreu na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara do Deputados.
O médico e diretor de políticas públicas da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Dirceu Raposo Mello, defendeu o uso da substância com monitoramento e controle por parte das autoridades. “Tem pacientes que vão à Justiça e conseguem o tratamento, aí o SUS [Sistema Único de Saúde] importa”. E acrescentou: “O quê fazer? A revisão do ato [da Anvisa] e a autorização do uso no país”, disse. Ele relatou na comissão que, atualmente, mais de 80 países no mundo usam a substância para tratamento de pacientes com mieloma múltiplo.
A lenalidomida é indicada para os pacientes que já não respondem aos remédios usuais ou abandonam o tratamento por causa dos efeitos colaterais provocados pela talidomida, entre eles, formigamento nas mãos e nos pés. Apesar do mieloma múltiplo ser incurável, o medicamento serve para amenizar os efeitos da doença. A lenalidomida integra o mesmo grupo da talidomida (usada no país para o tratamento de aids, lúpus, da hanseníase, de doenças crônicas e de câncer).
Ao indeferir o pedido de registro de medicamento contendo lenalidomida, em dezembro de 2012, a Anvisa informou manter os argumentos usados em ocasiões anteriores como a apresentação de estudo comparando o medicamento a base de lenalidomida com tratamento envolvendo placebo e falta de consistência do plano de controle sobre os riscos relacionados à droga, que é análoga da talidomida.
A diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde, Clarice Petramale, destacou que é preciso ter cautela antes de liberar o uso e incorporar o medicamento com lenalidomida ao SUS.
“Queremos que haja comprovação das evidências, que a empresa que produz o medicamento e propõe o registro do medicamento no Brasil prove o que está dizendo. Não basta dizer que melhora os pacientes, precisamos ver os estudos clínicos para ver se o comparador foi correto, quantos por cento melhoraram”, disse.

Fonte: Correio do Estado

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