O Brasil pode ser a sexta maior
economia do mundo, mas em termos de gastos com a saúde, o governo brasileiro
ainda se equipara à realidade africana e destina ao setor menos do que a média
dos governos pelo mundo.
Segundo a OMS, em 2000 o governo
brasileiro destinava 4,1% de seu orçamento para a saúde. Dez anos depois, a
taxa subiu para 5,9%.
A média mundial é de 14,3% e a taxa brasileira chega a
ser inferior à média africana.
Do total que se gasta no país com a
saúde, 56% vem do bolso dos cidadãos e não dos serviços do Estado. Fonte:
Revista Abrale. Ed. 21. Ano 5. Junho/Julho/Agosto de 2012
Infelizmente é uma dura realidade.
O brasileiro sempre pagando a conta, por sinal alta, já que paga duas vezes
pelo mesmo serviço.
O povo paga seus impostos na
esperança de verem os recursos revertidos em serviços públicos de qualidade, mas
o Estado não oferece.
Esta situação obriga o brasileiro a
pagar escola particular para o filho, pagar plano de saúde, contratar empresa
de segurança e assim por diante.
Mas, voltando à saúde.
No caso dos pacientes em tratamento
de mieloma múltiplo a situação é grave e bastante delicada.
Há mais de 4 anos aguardam a regulamentação
da medicação denominada Lenalidomida pela ANVISA. A eficácia da medicação já
foi comprovada e é utilizada em outros países há muito tempo.
Hão de perguntar: porque não
autorizam a comercialização da medicação no Brasil?
Eu respondo dizendo que não há
interesse. Por que?
O mieloma múltiplo é um tipo de
câncer que acomete a medula óssea. Atinge 1% da população e ainda é
desconhecido pela população e por grande parte da sociedade médica.
Há estatísticas de que no Brasil de
que 5.000 pessoas, por ano, tratam da doença.
Logo, não há interesse na
comercialização da droga no Brasil simplesmente porque o retorno financeiro é
muito pouco.
É isso mesmo. Infelizmente não se
pensa no paciente, mas sim na lucratividade.
Esse é o nosso Brasil!!!!
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