6 de set. de 2012

TIPOS DE MIELOMA

Existem vários tipos de mieloma múltiplo. Por isso, existe uma classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que ajuda ao médico a classificar a doença.

A gamapatia monoclonal de significado indeterminado (GMSI) não é mieloma e na maior parte das vezes nunca será. O paciente não apresenta sintomas, apenas se observa uma alteração laboratorial que é o aumento de uma imunoglobulina monoclonal. Neste caso é necessário fazer exames de seguimento a cada 6–12 meses.

O plasmocitoma solitário é uma localização única de células plasmáticas no osso ou, mais raramente, fora dele. Neste último caso, se conhece como plasmocitoma extra medular. Após o tratamento, que em alguns casos é cirúrgico, deve ser realizada a radioterapia. Depois do desaparecimento do plasmocitoma é importante fazer o acompanhamento de perto do paciente.

O mieloma assintomático é uma fase muito inicial do mieloma múltiplo, que não apresenta sintomas e não necessita de tratamento. Apenas se existir doença óssea se justifica um tratamento adequado.

Existem vários tipos de mieloma múltiplo (MM), de acordo com o tipo de imunoglobulinas que estão aumentadas. Podem ser IgG, IgA e inclusive IgM, que para alguns autores pode ser discutível. Estas são as três imunoglobulinas que o organismo possui. Mas, uma parte das imunoglobulinas, as denominadas, cadeias leves, também estão aumentadas. São dois tipos de cadeias leves κ e λ. Nesta doença apenas uma delas pode estar aumentada, porque é uma doença monoclonal. Assim, o médico classifica a doença pelo tipo de cadeia pesada ou leve. Esta classificação é como se colocar um sobrenome à doença, por exemplo, mieloma múltiplo IgGK ou mieloma múltiplo IgA λ.

Existem outras doenças dos plasmócitos, como a leucemia de plasmócitos, a doença de cadeias pesadas, o mieloma não secretor e o mieloma osteoesclerótico, mas são muito raras.

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O diagnóstico do câncer cria muitas dúvidas e inseguranças. Anote sempre as suas e pergunte para seu médico. 

Algumas sugestões de perguntas a serem feitas ao médico:

•O que é especificamente mieloma múltiplo?
•Qual é o estadiamento da minha doença? O que isso significa?
•Quais as opções de tratamento que eu tenho?
•Quanto tempo vai durar o tratamento? O que isso acarreta?
•Qual é o objetivo do tratamento?
•Quais são as chances de cura com estas opções de tratamento?
•Quais são os riscos ou efeitos colaterais que eu posso ter?
•Como o tratamento pode afetar minhas atividades diárias?
•O que faríamos se o tratamento não funcionar? E se houver uma recidiva?
•Que tipo de acompanhamento será necessário após o término do tratamento?
•Onde posso encontrar mais informações e apoio?

É muito importante perguntar e esclarecer todas suas dúvidas, a informação é um direito seu!
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Embora alguns pacientes com mieloma múltiplo não apresentem sintomas, os mais comuns são:

•Problemas Ósseos
Normalmente, os dois tipos principais de células ósseas trabalham juntos para manter os ossos fortes e saudáveis. As células que estabelecem um novo osso são denominadas osteoblastos. As células que destroem o osso velho são chamadas osteoclastos. As células do mieloma produzem uma substância que ordena aos osteoclastos a aumentar a velocidade de dissolução do osso. Os osteoblastos não recebem um sinal para renovar o osso, assim o osso velho é destruído sem um osso novo para substituí-lo. Isto pode causar áreas de enfraquecimento dolorosas nos ossos. Qualquer osso pode ser afetado, mas a dor nos ossos das costas, quadris e crânio é particularmente comum a esta doença. Essas alterações aumentam a chance dos ossos de sofrerem fraturas. Às vezes os ossos quebram devido a uma lesão menor ou esforço.


•Baixa contagem sanguínea
Quando as células do mieloma substituem as células normais produtoras do sangue da medula óssea resulta numa carência de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Uma quantidade reduzida de glóbulos vermelhos (anemia) causa fraqueza, falta de ar e tonturas. Uma quantidade pequena de células brancas do sangue (leucopenia) diminui a resistência às infecções, como a pneumonia. A diminuição das plaquetas no sangue (trombocitopenia) pode causar hemorragias importantes.


•Nível de Cálcio no Sangue Aumentado
Quando as células do mieloma dissolvem o osso, cálcio é liberado, podendo aumentar o nível de cálcio no sangue (hipercalcemia). Isso pode causar desidratação e inclusive insuficiência renal. O aumento do cálcio também pode causar constipação, perda de apetite, fraqueza, sonolência e confusão. Se o nível de cálcio é muito alto, pode levar ao coma.


•Sintomas do Sistema Nervoso
Se o mieloma enfraquecer os ossos da coluna vertebral, eles podem fraturar e pressionar os nervos espinhais. Isso pode causar dor súbita intensa, dormência ou fraqueza muscular. Esta condição é considerada uma emergência médica e um médico deve ser imediatamente contatado.

Ocasionalmente, as proteínas anormais produzidas por células do mieloma podem ser tóxicas para os nervos, levando à fraqueza e dormência.

Em alguns pacientes, grandes quantidades de proteínas de mieloma podem tornar o sangue espesso. Este espessamento é denominado hiperviscosidade e pode diminuir o fluxo de sangue para o cérebro, causando sintomas como confusão, tonturas e derrame. Pacientes com estes sintomas devem entrar em contato imediatamente com seu médico. O problema pode ser resolvido rapidamente ao remover a da proteína do sangue através de um processo chamado plasmaferese.


•Problemas Renais
A proteína do mieloma pode danificar os rins. Inicialmente, isso não causa nenhum sintoma, mas pode ser detectado com um exame de sangue. À medida que os rins começam a falhar, eles perdem a capacidade de eliminar o excesso de sal, líquidos e resíduos do corpo, podendo levar a sintomas como fraqueza e edema (inchaço) nas pernas.


•Infecções
Os pacientes com mieloma são cerca de 15 vezes mais propensos a contrair infecções. Isso acontece porque o corpo é incapaz de produzir anticorpos para ajudarem no combate das infecções. A pneumonia é uma infecção comum e grave em pacientes com mieloma.


Fonte: Oncoguia

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