16 de out. de 2012

RELATO DA PACIENTE MEIRE

Trago para conhecimento o relato de Meire Contino, de São Paulo, Capital.

Veja como é tortuoso o caminho percorrido pelo paciente de mieloma múltiplo até se chegar ao diagnóstico correto.

Agradeço Meire a colaboração.



"Boa noite, Rogério. Conforme solicitado segue relato, espero poder contribuir com estas linhas. Obrigada pela oportunidade. 

“Os primeiros sintomas vieram quando em uma crise de enxaqueca ao vomitar (desculpe o termo) minha perna travou por conta do movimento, daí em diante não conseguindo mais andar fui ao pronto socorro de ortopedia e fui diagnosticada com problemas de nervo ciático. Iniciei o tratamento, sem nenhum exame específico a não ser o clínico, com injeções para inflamação e fisioterapia. 

Este tratamento se estendeu por mais ou menos um ano e meio, quando resolvi procurar outro médico e solicitar uma ressonância magnética, este outro profissional falou que o tratamento estava certo e que não haveria necessidade de exame. 

Depois de alguns meses sem nenhum tratamento, pois havia começado a trabalhar e a dor já não incomodava tanto, comecei a ter muita infecção urinária, resolvi procurar um urologista para investigar cálculo renal e quando fiz a tomografia e ressonância acabei descobrindo o tumor no ilíaco esquerdo (novembro/2010), a princípio o diagnóstico foi linfoma, despois da biópsia o diagnóstico mudou para plasmocitoma fiz 20 sessões de radioterapia e já sentindo dores no peito solicitei novo exame onde foi constatado novas lesões e o diagnóstico passou a ser de mieloma múltiplo. 

Alguns médicos, mesmo após exames, afirmavam que se tratava de plasmocitoma e não mieloma, o que me deixava ainda mais preocupada devido a incerteza. Após equipe do HC e ICESP se reunirem chegaram a conclusão de que realmente era mieloma e optaram pelo transplante como tratamento. 

Fiz transplante autólogo em abril/2012''.

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