Trago para conhecimento o relato de Meire Contino, de São Paulo, Capital.
Veja como é tortuoso o caminho percorrido pelo paciente de mieloma múltiplo até se chegar ao diagnóstico correto.
Agradeço Meire a colaboração.
"Boa
noite, Rogério. Conforme solicitado segue relato, espero poder contribuir com
estas linhas. Obrigada pela oportunidade.
“Os primeiros sintomas vieram quando
em uma crise de enxaqueca ao vomitar (desculpe o termo) minha perna travou por
conta do movimento,
daí em diante não conseguindo mais andar fui ao pronto socorro de ortopedia e
fui diagnosticada com problemas de nervo ciático. Iniciei o tratamento, sem
nenhum exame específico a não ser o clínico, com injeções para inflamação e
fisioterapia.
Este tratamento se estendeu por mais ou menos um ano e meio,
quando resolvi procurar outro médico e solicitar uma ressonância magnética,
este outro profissional falou que o tratamento estava certo e que não haveria
necessidade de exame.
Depois de alguns meses sem nenhum tratamento, pois havia
começado a trabalhar e a dor já não incomodava tanto, comecei a ter muita
infecção urinária, resolvi procurar um urologista para investigar cálculo renal
e quando fiz a tomografia e ressonância acabei descobrindo o tumor no ilíaco
esquerdo (novembro/2010), a princípio o diagnóstico foi linfoma, despois da
biópsia o diagnóstico mudou para plasmocitoma fiz 20 sessões de radioterapia e
já sentindo dores no peito solicitei novo exame onde foi constatado novas
lesões e o diagnóstico passou a ser de mieloma múltiplo.
Alguns médicos, mesmo
após exames, afirmavam que se tratava de plasmocitoma e não mieloma, o que me
deixava ainda mais preocupada devido a incerteza. Após equipe do HC e ICESP se
reunirem chegaram a conclusão de que realmente era mieloma e optaram pelo
transplante como tratamento.
Fiz transplante autólogo em abril/2012''.
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