Li este texto, achei bastante interessante, por isso resolvi compartilhar....
Lá
pelo finzinho do Fórum tomou o microfone às mãos a Cristiane Sardinha Chagas,
carioca de sotaque bem ‘carioquêish’,
33 anos, jornalista de sorriso largo. Ela contou em meio à discussão sobre os
direitos do paciente com câncer, em alto e bom tom, que garantiu o seu direito
à segunda opinião médica no hospital público onde se trata.
"Eu
sempre fazia muitas perguntas para a minha médica, pois é assim que me sinto
mais segura, e me sinto parte do meu tratamento. Um dia ela me questionou: "Porque
você quer saber isso? Essa
informação não mudará nada em seu tratamento”.
Ela ficou brava.
Dirigiu-se à ouvidoria do Hospital, relatou seu
caso, e afirmou: "Não me tratarei mais com essa médica. Quero ser atendida por
outro oncologista”.
O hospital lhe direcionou a outro profissional,
com quem prosseguiu o tratamento.
Cristiane é um exemplo de Paciente Ativa e
Responsável. É parte viva de seu tratamento, informando-se, dialogando
abertamente com os médicos, atentando-se aos sinais do corpo, buscando segunda
opinião médica.
Diz, segura, que o saber científico do médico, para
repercutir em um tratamento de sucesso, precisa somar-se ao saber individual do
paciente.
"Eu acredito no seguinte: Sou a primeira pessoa
a conhecer o meu corpo. O médico tem o saber da ciência e precisa de minhas
informações para casar com o conhecimento que tem”.
É ou não é?
A garota contou que tomou uma decisão sobre o
tratamento, junto de sua médica. Antes
de terminar o último ciclo de quimioterapia ‘vermelha’, chegou à exaustão.
Ficou uma semana de cama, sentindo-se fraca e nauseada. Conversou com a médica
sobre a possibilidade de partir para as sessões de radioterapia antes de
começar o ciclo da quimioterapia ‘branca’.
"Ela viu meu prontuário e avaliou que seria
possível! E foi uma determinação que partiu de mim. Da minha necessidade”.
Informação, até o limite
Um
Jornalista é geralmente pesquisador por natureza. Cristiane sempre foi muito
cuidadosa na coleta de informações sobre o câncer de mama diagnosticado três
anos atrás. Pesquisas em veículos científicos internacionais, artigos de
médicos reconhecidos, publicações do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Mas
chegou um momento, que o excesso de informações passou a não lhe fazer bem e
ela preferiu restringir-se aos dados providos por seu médico, em quem confia e
que conhece as nuances do seu caso.
Afinal,
quando o assunto é o câncer, cada caso é um caso.
"Quando
tive a notícia da metástase e comecei a ler pesquisas sobre prognósticos de
doenças como a minha, fiquei muito deprimida e passei a fazer análise. Parei de
pesquisar e fui procurar por
médicos que informassem sobre o meu caso, especificamente. Sobre como o meu
corpo estava reagindo ao tratamento. Então me foi dado um prognóstico muito
mais positivo”.
A dica da Cris aos pacientes é que se informem
sim, mas conhecendo os seus limites e reconhecendo o momento de parar. Também,
ela chama os pacientes a uma importante reflexão:
"No processo você percebe que parte da doença é ela mesma e parte da
doença é você. Parte do que ela vai
fazer com você é aquilo o que você permite que ela faça. Não há como negar. É
difícil.
Porém, muito do seu estar bem dependerá de você querer estar bem. Portanto, permita-se! Permita-se sair, passear, comer o que gosta... dentro dos limites do seu corpo”.
Porém, muito do seu estar bem dependerá de você querer estar bem. Portanto, permita-se! Permita-se sair, passear, comer o que gosta... dentro dos limites do seu corpo”.
Fonte: Oncoguia
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